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Política é coletiva e não individual


‘O tempo é pai de todas as verdades o tempo é o senhor da razão’, dizem; no entanto a história dificilmente muda, pode até se fragmentar no decorrer do tempo - como cacos num sítio arqueológicos, - mas mesmo fragmentada, se habilmente juntada, ainda assim poderá ser compreendida, entendida e reafirmada.

Há 55 anos atrás o povo brasileiro recebeu uma intervenção militar para por ‘ordem na casa’ após as reformas socialistas de base do então Presidente João Goulard, tais como reforma agrária, direito de voto aos analfabetos, controle sobre a remessa de lucros ao exterior, 13º salário; medidas que causaram terror nas elites latifundiárias, empresariais, militares e conservadoras.

Tais medidas, tal como o golpe da república de 1889, causada por interesses pessoais, que derrubou a monarquia constitucional parlamentarista, também motivou o fervor por uma intervenção militar no governo de Jango, e sabemos - diga-se de passagem - que em 130 anos de república o Brasil ainda não deu certo. Não deu certo porque as elites não desejam assim, já passaram mais de 100 anos e o Brasil continua o mesmo, um país motivado pelos interesses pessoais.

Os rumos de 64 marcaram a morte de centenas de adversários políticos, quem tinha razão, se esquerda ou direita, não importou, muitos morreram de ambos os lados, centenas foram torturados, guerrilhas criadas e ainda hoje temos corpos jamais encontrados. No golpe da república, proclamado pelo marechal do exército Deodoro da Fonseca, os motivos também não o foram tão briosos como a pseudo-história conta, um dos principais motivos do golpe foi a abolição da escravatura, um ano antes do golpe, sem a indenização dos proprietários de escravos, que entre eles, muitos eram militares.

Portanto, tentemos não esquecer os cacos de história espalhados pelos bastidores do poder, é sempre bom juntar tudo e fazer uma profunda analise de todos eles, pois hoje, após 500 anos de Brasil, se torna cada vez mais difícil juntar as verdadeiras memórias que nos faz quem somos, ou talvez, quem deveríamos ser se pudéssemos pensar de maneira ampla e imparcial, falando não só por nossas vantagens pessoais, mas também por nossas vantagens sociais.

 Maycal Átila Souto

Comentários

  1. Muito bom! Vamos restaurar o Império. Salve D. PEDRO II, Princesa Isabel, Almirante Tamandaré e Duque de Caxias.
    Leia: O VELHO MARINHEIRO...

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